sábado, 6 de março de 2010

hoje, aqui e agora.

Sempre que chove, as coisas mudam. Lavam-se as ideias, enxugam-se os pensamentos e chama-se de novo pelo Sol. Há alturas em que é necessário. Mais ainda. Torna-se uma questão de sobrevivência, de sanidade mental. Um mês, três semanas, dois dias. Porque não o próprio dia? Sem correntes. Não temos de provar nada. A ninguém. Tudo tem solução. Para cada dia de chuva um novo chapéu. Mais resistente, mais duro. Quase sempre mais seguro. Cada vez mais impermeável.
Lamentam-se as poças de risos perdidos. Os chuviscos de reflexão. Os dias de sol traídos, esquecidos. Quem sabe, falsos. Tudo isto porque está a chover.
Ficamos pensativos, melancólicos. Sentimos um enorme peso na cabeça, nos olhos. Vemos o que até aqui fora sempre invisível. Apercebemo-nos do jogo que somos, que de nós fizeram. Sempre o mesmo. O mesmo, mesmo jogo. Por muito que tentemos interpretar tudo, nunca é suficiente. O conhecimento de nós próprios e dos outros parece escassear. Sempre é errado e pobre.
Enrijecemos. Caímos no chão. Batemos bem no fundo. Sentimos o chão gelar o corpo. Choramos. De verdade. Depois é uma questão de ordem, de rigor. De manter a vista aguçada como sempre foi. Olhamos. Vemos. Sorrimos com ironia. Entramos no jogo. Desta vez, conscientemente. Para ganhar. Entretanto, congelamos o interior e gelamos o exterior, esperando que resulte. Pelo menos desta vez.

Alvorada! É tempo de fazer história. De ligar os holofotes. De mostrar aquilo que se tem, o que se é, o que se vale. Agora é a hora.

AQUI VIVE-SE PARA O FUTURO!

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